Minha jornada com o Efavirenz...

Neste blog nunca tive a intenção de falar sobre medicamentos ou até mesmo dar informações sobre como proceder quanto a isto ou aquilo. Não existe um caracter médico ou jornalistico. Este blog tem função de dividir, meus anseios e minha jornada nesta nova vida chamada "soropositividade. Dito isso, volto a dizer que nunca pensei em citar o nome de um remédio, mas este em especial, não pode passar em branco. (Pausa...de um mês. Fui ler a bula, e SOCORRO...só piora, meu médico diz que bulas são feitas para médicos,não para pacientes, mas a bula em questão relata não só "suicídio" como também explica, quase dois anos de confusão mental e enfraquecimento físico que passei... Ida mensal ao SUS, fui retirar minha medicação e a novidade do momento (impressionante como o SUS cada hora em uma burocracia nova!..) era que agora "virou 3x1", oba, um comprimido do tamanho do meu dedo mindinho mas vamos lá...se é para manter a carga viral lá zeradinha..está tudo certo! Bom, tomei e comecei a passar muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito mal, durmia 4 horas por noite, tinha diarréias constantes, mal conseguia me alimentar, apetite era luxo, ansiiiiiiiiiiiiosssssssaaaaaaaa, até a última gota de adrenalina, tinha confusões mentais, já não sabia se o que havia falado ou pensado. Enfim, pirei, sai da casinha. Com 46 kg e o 3X1, padeci...eu havia acabado de fazer meu plano, resolvi ligar para a única pessoa que confiaria no assunto 100%, Dr.Mauro Schecter, ele não aceitava o plano, mas foi bastante razoável comigo. Levei uma amiga e fui, ao começar a contar para o Dr. meus incomodos ele matou de cara: Efavirenz, você está tendo VARIOS efeitos colaterais deste remédio, topa mudar a medicação e voltar ao 3X 1, mas tem outros efeitos e me explicou. CLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO Revi os últimos dois anos como um filme. Que enfim, 2 meses depois, 1 emprego a menos, algund namoros terminados, e uma enorrrrme confusão,sobrevivi...Vida que segue! Enfim, na prática, o remédio "potencializou" um lado meu que já existia, "ansioso" e "desconfiado" e perdi 12 kgs... Outro dia, assisti um doc na internet sobre "emotional injuries" ou feridas emocionais, onde o cientista explicava que a questão da dor emocional é que a sentimos na mesma intensidade que a física, no entanto, não as compartilhamos socialmente como quebrar o pé, ou se ralar.. Enfim, talvez um pé na bunda merecesse um gelo ou um sorvete! Entende? sabemos cuidar da casca mas pouco olhamos para a alma, e esta por algumas vezes está em carne viva! Ufa! Passou! Obrigada Dr. Mauro !